SEF na imprensa

DIÁRIO CATARINENSE

Informe Econômico

Mais fiscais para o ICMS

A Secretaria da Fazenda do Estado ganhará, dia 29 próximo, um reforço de 65 novos auditores fiscais, os profissionais de elite da fiscalização tributária.

Como a equipe atual é de 435, a ampliação será de 15%.

Os novos fiscais representam uma importante oxigenação na categoria e irão desenvolver trabalhos no controle do trânsito de mercadorias, em tecnologias de informação, auditoria fiscal em empresas, plantão fiscal, monitoramento e controle explica o secretário Cleverson Siewert.

10,8 mil reais é o salário dos novos auditores fiscais de SC, um dos maiores do quadro de servidores catarinensee, superando, inclusive, os vencimentos dos secretários de Estado, que recebem R$ 10 mil. Vale observar: as vagas foram disputadas por sete mil candidatos de todo o país. Há 12 anos SC não fazia concurso para o cargo.

Conafisco

O Sindicato dos Fiscais da Fazenda do Estado conseguiu trazer para Florianópolis o próximo Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital. O evento, que será entre 28 de novembro e 2 de dezembro deste ano, no Costão do Santinho, deverá atrair 1,2 mil participantes. O tema será Um fisco melhor para um Brasil maior.

Votorantim em SC

Em maio do ano que vem, as duas unidades da Votorantim Cimentos que estão sendo instaladas no Estado já estarãoproduzindo. A informação foi dada por executivos da empresa, ontem, ao governador Leonel Pavan, em reunião na Casa da Agronômica que tratou de incentivos fiscais oferecidos pelo governo catarinense. A unidade de Vidal Ramos, orçada em R$ 380 milhões, vai produzir insumos para a fábrica de Imbituba e oferecerá 600 empregos diretos. A fábrica de Imbituba vai produzir, por ano, 1,2 milhão de toneladas e vai gerar 200 empregos diretos.

A prefeitura de Imbituba também participa do programa de incentivos.

Valor Econômico

Logística: Importação e incentivos fiscais provocaram o crescimento

Movimentação sobe 20% nos portos catarinenses

Câmbio favorável para importações, incentivos estaduais e aquecimento da economia levaram os portos catarinenses a registrar recordes de movimentação no primeiro semestre. Mesmo com parte da estrutura em reformas ou dependendo de obras do Plano Nacional de Dragagem (PND), para ampliação do calado, os quatro portos em operação em Santa Catarina registram crescimento na movimentação de cargas de cerca de 20%.

Em São Francisco do Sul, no Norte do Estado, o que puxou a movimentação foi o aumento da entrada de carga siderúrgica. A importação de vergalhões, bobinas de aço e outros produtos do setor somada à movimentação da safra gerou filas de até 30 na baía da Babitonga. Segundo o diretor de logística do porto, Gilberto Freitas, a espera é normal para o período e envolve navios que transportam carga solta. No fim de semana passada, a fila tinha sido reduzida para 18 embarcações.

Segundo Roberto Lunardelli, diretor comercial do Terminal Santa Catarina (Tesc), empresa privada que arrenda um dos berços do porto de São Francisco do Sul, o aumento na movimentação de cargas siderúrgicas começou há seis meses. "As cargas da ArcelorMittal são constantes, mas também houve aumento de importação deste tipo de produto", explica o diretor.

A ArcelorMittal Vega, que opera em São Francisco do Sul desde 2003, é uma unidade beneficiadora de aço. As bobinas vêm de Vitória, no Espírito Santo, e são transformadas para atender a indústria automobilística e a de linha branca. Além do câmbio favorável, o Programa Pró-Emprego do governo estadual, que prevê redução de ICMS de 17% para 3% nas importações, ajudou o Tesc a movimentar cerca de 45% a mais em bobinas e vergalhões de janeiro a agosto deste ano em comparação com 2009 .

Segundo as estatísticas do porto, de janeiro a agosto houve um aumento de 18% na movimentação de cargas. As importações tiveram um avanço de 153%, saltando de 62.306 para 157.651 toneladas. As chapas de aço foram uma das principais responsáveis pelo crescimento, com acréscimo de 763%, de 3.413 para 29.468 toneladas.

"Conquistamos movimentação histórica, apesar de o porto continuar em obras", comemora o diretor de logística, Gilberto Freitas. Uma dragagem que vai ampliar a profundidade do canal de 12 para 14 metros, com investimento de R$ 97 milhões do Plano Nacional de Dragagem, vai aumentar em 30% na capacidade do porto.

O aumento na demanda mobiliza o Tesc a fazer investimentos. Segundo Lunardelli, em 30 dias será homologado um segundo berço de atracação. Com a entrada em operação, o terminal vai duplicar a capacidade de operação. Os investimentos do operador privado somam, desde 2008, R$ 110 milhões em melhorias de retroárea e equipamentos.

Em Imbituba, no Sul do Estado, o porto atravessa uma fase de ampliação. Até o fim de outubro, a área de atracação dos berços 1 e 2 será expandida de 250 metros para 660 metros. O porto passa por obra de dragagem que vai ampliar o canal de 11 para 15 metros. Os investimentos somados ultrapassam R$ 300 milhões. De janeiro a setembro, Imbituba movimentou uma média mensal de 165.131 toneladas, 7% a mais do que a média mensal de 2009.

O Norte de Santa Catarina, deve ganhar em dezembro um novo terminal portuário. O Porto de Itapoá, ao Norte, terá a capacidade de movimentar mais de 300 mil contêineres por ano. O projeto já prevê ampliação para 1 milhão de contêineres tão logo seja inaugurado. Os investimentos ultrapassaram os R$ 475 milhões, mas ainda dependem de uma obra estadual, que vai garantir o acesso ao terminal privado, a SC-415.

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Itajaí volta a crescer após enchentes

Depois de um 2009 marcado pela ressaca da enchente de 2008, que destruiu parte do cais e dificultou as operações, o porto de Itajaí se recupera e cresce na movimentação de cargas. A perspectiva é de movimentar 800 mil TEU's (contêiner de 20 pés) contra 693 mil TEU's em 2008, ano que havia sido recorde. A importação é a grande responsável por esse crescimento, avalia Robert Grantham, diretor comercial do Porto de Itajaí.

Esta prevista para outubro a entrega do segundo berço que precisou de recuperação depois da enchente. Até dezembro, a AP Terminals - operador privado responsável pela área, prevê a finalização da obras na retroárea. Segundo Paulo Pegas, diretor comercial da empresa, o investimento foi de R$ 6 milhões para a recuperação da área.

A expectativa fica com relação a dragagem que vai ampliar a profundidade do canal de 11 para 14 metros. O investimento de R$ 55 milhões também faz parte do Plano Nacional de Dragagem. A licitação já foi feita e o processo está em fase de recurso. A expectativa é que, em dezembro, alguma draga já comece o trabalho.

"Os armadores vêm substituindo as embarcações por navios cada vez maiores", explica o diretor. Segundo Grantham, há uma tendência de os navios de 5 mil a 7 mil TEU's serem desativados nas rotas entre Ásia e Europa e transferidos para a América do Sul. Na média, as embarcações começam a ter capacidade para carregar 3 mil TEU's. O diretor diz que essa tendência de navios maiores já faz com que o porto de Itajaí se prepare para ampliar a baía de evolução de 288 metros de comprimento e 32 metros de largura para 450 metros de comprimento. O investimento estaria orçado em R$ 100 milhões.

As obras de dragagem favorecem a Portonave, porto privado que opera do outro lado do Itajaí-Açu, em Navegantes. Entre janeiro a agosto, as importações no terminal cresceram 114%. Segundo o gerente comercial, Juliano Perin, há uma tendência de o volume aumentar no segundo semestre, puxado pelas compras de eletrônicos e artigos de Natal. No primeiro semestre, a movimentação da Portonave cresceu 72,4% em comparação com o mesmo período de 2009, chegando a 273.211 TEU's.

A perspectiva de crescimento atrai investimentos em toda a cadeia de logística. A Localfrio vai investir R$ 10 milhões na reforma do seu armazém de carga geral em Itajaí, ampliando-o em 4 mil metros quadrados na cidade. A unidade responde por 20% do faturamento anual do grupo. Segundo Marcelo Orpinelli, presidente da empresa, a Localfrio busca oportunidades de aquisição em Santa Catarina. (JP)